Cordão umbilical

A poesia nasce com o poeta, e este é o caso de Adilson Freire. Existe uma força maior na sua linguística; uma construção imagética encantadora que nos arrebata, na qual as palavras dimensionam um lugar de propriedade, de voz que anuncia um nascimento, renascimento e transcendência da poesia no poeta, intrincadamente formando um “cordão umbilical” com significados e significâncias da palavra, em sua forma dialética de puro processo transformador: “No tear pus minhas linhas (meu cordão incluso) e comecei a tecer até ser um parafuso de tanto girar, girar, fiquei confuso a mente toda a formar um pensamento difuso...” (Trecho do Poema: Cordão umbilical). De sua poética emerge um fogo de impulsividade no pouso das palavras, descritas em uma beleza que se assume numa humanidade facilmente reconhecida pelos leitores, nos mesmos sentires. Eis, aqui, a grande oportunidade de o leitor conhecer a expressividade singular da poética de Adilson Freire; de mergulhar no seu universo interior, constituído de metáforas do cenário existencial, sendo a palavra o veículo intrínseco que serve de espelho na dança cósmica da vida. O mais que se possa dizer sobre Cordão Umbilical dispensa comentários. Cabe a você, leitor, se envolver e constatar o quanto o Poeta Adilson Feire e sua bela poesia merecem ser lidos.