Sobre minhas memórias Em dois mil e doze, quando meu irmão ficou doente e decidi acompanhá-lo durante o tratamento, fiz um diário. Acreditando que teríamos um “final feliz” e sairíamos juntos e vencedores de toda aquela batalha, imaginava escrever nossas lembranças com um fim glorioso. Enfim, não foi o final que desejava. Por isso, por muito tempo deixei minhas memórias engavetadas, porém, sempre mantive aquele nosso último encontro em meus pensamentos. Nem tudo pude expressar em meu relato, por ser estritamente pessoal, porém, a frase “Não desista dos seus sonhos” sempre me ecoava. Depois de algum tempo fui reler meu diário. Decidi que era hora de retomar, de correr atrás dos meus sonhos. O luto estava curado, e a saudade, ah essa, sei que só aumentará. E foi lendo nossos dias difíceis, que também me lembrei dos nossos deliciosos dias de infância. A escrita dessas memórias me fizeram rir e chorar. Assim é a vida, de risos e de prantos. As marcas... essas ficam e nunca se apagam. Maria Cristina Madeira
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