Sala de espera

Sala de espera

Quem se dispuser a gastar um pouco de seu precioso tempo para ler o “Sala de Espera”, não vai encontrar um romance clássico e, nem mesmo, uma história com princípio, meio e fim. “Sala de Espera” parece mais com uma colcha de retalhos feita de fragmentos de lembranças e de textos curtos sobre situações que foram marcantes para alguém, ou que significaram uma lição aprendida durante a vida ou, ainda, por ter se tornado recalcitrante em sair da memória.

Certos acontecimentos, já praticamente esquecidos pela maior parte da comunidade - no seio da qual as histórias teriam acontecido -, ainda permanecem vívidos na memória de alguns e, de modo algum, devem ser deixados de lado e não mais lembrados - fazem parte da história. Todos sabemos que, quando não são registradas em caracteres impressos, mas somente transmitidas oralmente, as histórias podem acabar esquecidas ou modificadas, significativamente.

Dentre tantas coisas, os livros também existem para registrar e perpetuar fatos e histórias e, neste sentido, alguns casos ainda lembrados somente por alguns, foram relatados, seja porque fizeram parte de situações reais e marcantes, seja porque temos a esperança de que, assim, nunca serão esquecidos pelas gerações futuras.

Em “Sala de espera” encontram-se episódios importantes da história de nossa comunidade, que ainda permanecem nas lembranças de alguns.

Experiências vividas, ouvidas ou presenciadas, opiniões e elucubrações filosóficas ou políticas, impressões sobre cidades visitadas e, até mesmo, alguns aspectos marcantes da bioogia foram registrados. Neste último caso, especificamente, ao propor uma brincadeira sobre quem seria o melhor amigo do homem, fizemos uma apologia aos fungos como seres beneficentes para a raça humana e, assim, levamos o leitor a fazer um passeio pelo fascinante mundo dos fungos que é muito pouco conhecido pela maioria das pessoas.